Quem Somos

Somos um casal que desde que nos conhecemos (1999) navegamos sempre juntos. Eu Dieter, tive meu primeiro contato com a vela quando criança em Santa Catarina.

Desde então sempre quis velejar, ter meu barco, mas só em 1998 finalmente pude comprar meu primeiro barco, um Hobie Cat 16, que se chamava Robocope. Um ano depois, conheci minha proeira a Maxi que não conhecia barcos a vela de perto, e passamos a navegar sempre juntos. Aos poucos ela foi se familiarizando, aprendendo e pegando o gosto pelas velejadas.

Velejávamos na Lagoa da Pinguela, em Osório (no litoral norte do RS) de Hobie Cat 16, íamos toda sexta-feira e voltávamos no domingo para Porto Alegre. Fomos fazendo amigos no meio náutico e passamos a freqüentar os principais clubes náuticos de Porto Alegre e RS. Passamos a correr algumas regatas de oceano em barcos de amigos que fizemos nestes três clubes.
Tempos depois, naturalmente, trouxemos o HC 16 para velejar no Guaíba (+- em 2002) e nos associamos ao Iate Clube Guaíba. Mesmo estando com o HC16 em Porto Alegre nos verões até 2006 retornávamos para velejar na Lagoa da Pinguela. Passamos a participar de regatas e cruzeiros pelo Guaíba, Lagoa dos Patos e algumas vezes no mar. Sendo que os velejos tornaram-se cada vez mais freqüentes, tanto em monotipos como em veleiros de oceano dos amigos.
Por vezes participamos de regatas em finais de semana seguidos, um final de semana corríamos a regata de oceano e no outro a regata de monotipo, e quando havia alguma folga fazíamos algum cruzeiro pelo Rio Guaíba, Itapuã, arroio Araçá, Praia do Sítio, enfim esses eram destinos freqüentes.
Nas sextas-feiras, véspera de regata, recebíamos convites para navegar. Os amigos já iam dizendo que iriam na regata, mas só iriam se nós fossemos, muitas vezes já havíamos nos comprometido com algum outro amigo, então para todos irem para a água nos dividíamos e corríamos a regata separados, chegamos até a correr em barcos adversários (Maxi e eu). Por vezes também um de nós não tinha convite, mas tudo bem queríamos estar na água.

E assim foi, sendo tripulante dos outros barcos, aprendendo com erros e acertos dos outros, conhecendo diferentes barcos, mas com um sentimento de que queríamos ter o nosso próprio barco de oceano e nós mesmos sermos os responsáveis pelos nossos erros e acertos e principalmente navegarmos juntos.
Tínhamos uma vontade enorme de escolher nosso destino, de pernoitar a bordo com um pouco mais de conforto que o HC 16 nos permitia, quando é claro não estávamos com ele somente para passar o dia e sim o final de semana.
Então num final de semana do inverno do ano de 2006, estávamos a bordo do querido Lizard, que é um veleiro de bandeira alemã de um casal de amigos muito especiais para nós, no qual já velejamos alguns trechos da costa brasileira. Com o Lizard fizemos nossa primeira travessia na Lagoa dos Patos e nossa estréia no mar!

Eventualmente quando o Lizard vem a Porto Alegre, nós ficamos encarregados de tomar conta deste belo barco, o que é muito bom! E com essa temporada a bordo do Lizard atracado percebemos o quanto era bom pernoitar a bordo, e aproveitar o máximo de toda a estadia maravilhosa que esse meio proporciona. Nosso horizonte novamente estava aumentando. Então naquele ano estávamos a bordo do Lizard, atracados no Clube dos Jangadeiros, olhando os classificados, quando achamos um anúncio de um barco que poderia encaixar em nosso planos. Marcamos com o dono e fomos ver o barco, negociamos daqui e dali, e sem pensar muito, voltamos para casa com um veleiro comprado.

Então com muito sacrifício, nos demos de presente nosso primeiro veleiro de oceano, o Garoa, um vaqueiro 22 (2º barco amarelo), que estava precisando muito de nós, pois estava completamente abandonado, precisava de alguém que o colocasse para cumprir as funções para as quais fora construído, velejar.

 Com o Garoa vivemos ótimos momentos, fizemos excelentes navegadas, fomos para todas as baías possíveis do Guaíba e da Lagoa dos Patos. O Garoa nos permitiu a independência que queríamos de escolher nossas navegadas e de sair, pois não dependíamos mais de receber os convites para regatas ou de convites de amigos para navegar, não que isto não fosse bom, mas precisávamos do nosso barco, da nossa autonomia.

Então conquistamos nosso próprio barco, e velejávamos agora, também na companhia dos amigos, mas o bom que cada um na sua "casinha", e fomos cada vez fazendo mais e mais amigos e assim continuamos até hoje.

Mesmo com o Garoa recebemos convites de amigos e eventualmente ainda gostamos de velejar com eles em seus barcos. Não  iremos listar todos os barcos e amigos os quais sintam-se homenageados por nós por cada um ter nos ensinado a vida a bordo do seu geito! Mas não listaremos cada amigo para que não deixemos ninguém de fora pois a lista de barcos e amigos é bem grande, e isso nos deixa muito feliz! Obrigada amigos por existirem e nos ensinarem a navegar!


Com o Garoa navegamos inclusive até Rio Grande, na volta paramos nove meses para reforma do interior (e etc’s que apareceram), e ao todo foram quatro ótimos anos na companhia do nosso amado Garoa.


Após a reforma seguíamos navegando, não tanto quanto queríamos mas o máximo que podíamos, e aos poucos fomos percebendo que queríamos mais conforto, que precisávamos e queríamos novamente ampliar nossos horizontes.

Foi aí que nosso amigo Gigante do Entre Pólos nos falou de um casco de aço de 30 pés. Um casco igual ao Entre Pólos, multichine abaixo da linha dágua e costado redondo, porém, um pouco menor.
 Este casco havia sido construído junto com o Entre Pólos, pelo mesmo estaleiro, Vilas Boas, porémm estava com a obra parada lá no estaleiro a algum tempo, o antigo dono havia desitido da construção.
O Gigante nos falou diversas vezes do barco, nos mandou fotos, mas nunca conseguíamos ir lá ver o barco, até que num final de semana vimos de perto no estaleiro e nos apaixonamos pelo belo casco.

O barco estava muito bem conservado, devido a galvanização, e gostamos muito da forma e tamanho do barco, era o tamanho ideal para nós. Constatamos que ele teria um bom pé direito, dois camarotes, salão, banheiro fechado, motor de centro, cozinha, além de parecer ser um casco veloz. Perfeito para nós navegarmos pelo menos a costa brasileira. Muitos planos e sonhos no caminho de casa!
No decorrer da semana acertamos os detalhes e concretizamos o negócio. Então em maio de 2010 nos despedimos do Garoa e recebemos de braços abertos nosso novo barco que no momento era só um casco em construção. Mas com a certeza de que muita coisa teríamos que fazer para dar continuidade a obra.

Modificação da popa, quilha, leme, formatação do interior, abertura das gaiutas, ferragens, motor, etc... e chegamos a conclusão que terminaríamos no estaleiro todas as obras relacionadas a construção do casco (corte, solda, usinagem e galvanização). Muitos planos e cálculos e passamos a sonhar mais um pouco com tudo isso.

Com esta etapa vencida no estaleiro, teremos que instalar o motor, e os planos são que no dia 06 de maio de 2011 o Arachane estará pronto para cruzar a Lagoa dos Patos a motor, e para então em Porto Alegre darmos continuidade a construção dele(pintura, elétrica, marcenaria, hidráulica, mastreação, velas, etc = sempre esse etc nos acompanha).