quinta-feira, 26 de abril de 2012

15 dias longe do barco

Chegamos de Férias, ansiosos para ver como estava o barco! Afinal, foram 15 dias longe dele, e nem tivemos tempo para observar muito bem como haviam ficado as faixas pintadas no costado pois foram pintadas justamente no dia em que saímos. Esperamos a tinta vermelha ficar pronta, o isolamento ser retirado fotografamos e fomos para comemorar o ano novo junto com amigos navegadores.
Agora com a pintura das obras mortas (acima da linha d'água) concluída em todos os seus mínimos detalhes, chegou a vez de iniciarmos as instalações dos equipamentos:
-Trilho e caixa da gaiúta principal;
-Dog House fixo;
-Paiois;
-Tanques d'água e diesel;
-Leme;
-Pedestal da roda de leme;
-Instrumentos;
-Guincho de âncora;
-Vigias:
-Agulheiros, etc...
Cada um destes equipamentos, tem sua história particular de instalação, como o Arachane é um barco de aço, não é um barco de série como a maioria, é um barco muito diferenciado que está sendo construído e equipado de acordo com nossos sonhos e necessidades.  Na verdade um barco destes é uma grande obra de artesanato. Pouco a pouco, dia após dia, um novo ítem é planejado, construído  e instalado, e assim nosso sonho está se tornando realidade.

É uma satisfação muito grande construir este barco, planejar e curtir cada parafuso com o máximo de cuidado, pensando em todas as variáveis possíveis e com muito carinho e muita dedicação.







Por  não ser um barco produzido em série e por ser um barco diferenciado, e claro, por nós mesmos estarmos planejando e muitas vezes colocando a mão na massa, temos que pensar, repensar, em alguns casos fazer testar pensar, refazer , testar até conseguirmos chegar o mais próximo possível do ideal.







Ou seja na construção de um barco, são necessárias muitas horas de inspiração e muitas e muitas horas mais de transpiração, é o que estamos aprendendo a exercitar a paciência e conter a ansiedade.











quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Pintando as Faixas

A pintura está ficando pronta, e chegada a hora dos acabamentos e detalhes, por isto, após a pintura do convés, chegou a hora da pintura das faixas nos costados do barco.
Uma das grandes dúvidas que tínhamos, era de como seriam as faixas, largas, estreitas, uma, duas, etc... A única coisa que sabíamos, desde o início, a respeito das faixas é de que seriam vermelhas, para fugir um pouco do padrão, pois a grande maioria dos barcos é branca, com detalhes em azul, e porque a combinação das cores branca com vermelha é muito bonita e o barco que mais nos inspira para fazermos o nosso também é branco com faixa vermelha, o querido LIZARD.
Optamos por fazer uma faixa de 5 cm de altura logo acima da linha d’água e outra faixa, que ainda não sabíamos se seria, estreita ou larga, uma ou duas faixas, na altura das vigias do costado.  Um pouco antes da pintura, o Felipe simulou as faixas com fita crepe, então, por influencia dele optamos em fazer uma faixa estreita, no meio das vigias cegas, pois segundo ele, pinturas modernas estão sendo realizadas com faixas estreitas. E pelo visto ele acertou novamente. Ficou lindo.
Para a pintura das faixas, a primeira coisa que tínhamos que fazer, era novamente nivelar o barco, pois a faixa que seria pintada na linha d’água deve acompanhar perfeitamente esta linha, e a faixa superior, na altura das vigias cegas, acompanha a linha do convés. Com o barco nivelado novamente utilizando o nível laser, projetamos o laser no costado do barco, exatamente na linha d’água.


A partir daí pegamos uma trena e posicionamos ela na vertical entre o barco e o nível laser, para que o laser incidisse simultaneamente no costado do barco e na trena.


Assim, com o laser incidindo na trena e no costado do barco,  poderíamos subir exatamente 5cm o laser e determinar o limite superior da faixa.

Então agora tínhamos o limite superior da faixa da linha d’água. Para então pegar um lápis e marcar no costado esta linha. Estava marcada a faixa, que ficava mais larga na popa do que na proa, pois na proa o costado é quase vertical e na popa chega a ser quase horizontal. 
Repetimos a mesma operação no outro bordo.


Pronto! Só faltando mais uma vez o trabalho de isolar e lixar para então o Felipe pintar as faixas.

Na semana entre natal e ano novo, estávamos nos preparando para tirar uns dias de férias para velejar de Hobie Cat16, na Lagoa da Itapeva/RS e em Porto Belo/SC, e justamente no dia da nossa viagem, o Felipe estava pintando as faixas.
Atrasamos nossa saída para aguardar ansiosos ele terminar a pintura das faixas para então sairmos de viagem.



Durante toda a construção do barco, sempre fui eu quem acompanhou as etapas mais de perto, e cada etapa importante que era vencida eu fotografava e enviava via sms para a Maxi, mas desta vez foi o contrário, a Maxi que acompanhou de perto a pintura das faixas, pois eu ainda precisava providenciar algumas coisas, para o Guilherme e o Felipe continuarem trabalhando no polimento e alguns detalhes nestes 15 dias que estaríamos ausentes,  então, desta vez foi a Maxi que viu primeiro o barco com as faixas pintadas e me enviou via SMS.


Confesso que é muito melhor ver ao vivo, por sms não tem a menor graça, mesmo que seja com foto.








Então com as faixas pintadas carro carregado, fotos da novidade as lindas faixas do costado, engatamos o hobie cat16 na popa do carro, saímos para nossas merecidas férias, confiantes que no nosso retorno a pintura estara praticamente pronta e ansiosos por colocar a mão na massa montando o barco, instalando os tanques dágua, diesel, as vigias, o Dog House, Motor, Leme, etc... Para então pintar o fundo e colocar o barco na água, e dar continuidade as obras na água entre uma navegada e outra lógico.